Daniel Olivetto é artista, produtor, pesquisador e professor.
É Doutorando em Artes Cênicas pelo PPGAC – CEART – UDESC na linha de pesquisa Pedagogias das Artes Cênicas, Mestre em Teatro e Graduado em Artes Cênicas pelo mesmo centro. Em sua pesquisa de doutoramento se dedica ao estudo sobre montagens para as infâncias que tratam de dissidências diante do sistema sexo-gênero.
Desde 1999 integra a Cia. Experimentus (Itajaí / SC) como ator, diretor, produtor e designer gráfico.
Trabalhou em diversas montagens com grupos e artistas catarinenses como ator, diretor, cenógrafo iluminador, figurinista e designer. Atuou em espetáculos como “Meu Pai é um Homem Pássaro” (2015), “Emoções Baratas ou Eu Te Amo Glória Pires” (2010), “O Menino do Dedo Verde” (2002), entre outros. Dirigiu montagens como: “Um Inimigo do Povo” (2019), “As Bruxas de Salém” (2016), “Quase Tudo no Timing” (2014-2016), “Lulu Não Mora Mais Aqui” (2012), “Hagënbeck Ltda” (2005), entre outras.
Atuou nos curtas-metragens: “O Homem Dublado” (2013), “Memórias de Passagem” (2012), “Contraponto” (2008) e “Rosa BB” (2006).
Foi coorganizador do catálogo “Cia. Experimentus - 20 anos: críticas, reportagens e outros registros de duas décadas” (2019) e do livro “Falas sobre o Coletivo: entrevistas sobre teatro de grupo” (2015), além de assinar capítulos dos livros “Meyerhold: experimentalismo e vanguarda” (2008) e “Teatro da Vertigem: processos contemporâneos” (2009). Publicou artigos sobre teatro e política cultural em revistas e jornais de SC e RJ.
Em 2018 realizou sua primeira exposição intitulada “Gaveta – Arte gráfica que ninguém viu”, com esboços e rascunhos de cartazes de teatro guardados durante 15 anos.
Foi curador de 3 edições do Festinfante – Festival de Artes para as Infâncias (Itajaí), evento do qual integra a equipe de produção desde a primeira edição (2018).
Entre 2019 e 2021 se dedicou ao projeto "Ações para Reexistir: Pesquisa e Criação Interdisciplinar", que resultou em um site com diários, referências, imagens e vídeos sobre o processo, além de uma programação intitulada “Nevoeiro”, formada por ações artísticas que interseccionam diferentes linguagens e procedimentos de relação com a plateia. Uma das ações do projeto, a série de podcasts e videocasts “Criança Viada Show”, foi censurada em maio de 2021 em Itajaí e chegou ao público apenas em agosto de 2022, após processo judicial. Em 2022 o projeto se desdobrou em outra realização intitulada "Touro - Experimentação em Dramaturgia", contemplado pela Lei Aldir Blanc.
Entre 2001 e 2009 foi professor de Artes em escolas de Balneário Camboriú e Florianópolis. Junto a Cia. Experimentus conduziu em Itajaí o Curso de Teatro da Casa da Cultura Dide Brandão entre 2003 e 2007, além de diversas oficinas para artistas, estudantes e professores. Em 2021 foi professor do Programa Arte nos Bairros, da Fundação Cultural de Itajaí, desenvolvendo a oficina "Laboratório de processos híbridos" em modo virtual. Atualmente é professor do mesmo projeto conduzindo os cursos "Práticas de criação teatral" e "Jogos de cena". Em 2022 e 2023 trabalhou como assessor do Projeto Dramaturgias do Sesc Santa Catarina, no qual conduziu o curso "Dramaturgias da atuação: co-autorias e escritas pessoais".
Em 2024 integrou como artista residente o projeto "aí residência", junto a artistas das artes visuais e do audiovisual, pesquisando procedimentos de dramaturgia entre imagem e texto. Participou no mesmo ano da residência "cena_doc", realizada pela Cia La Vaca (Florianópolis), junto a artistas de diversas regiões de Santa Catarina, desenvolvendo criações no campo do teatro documental. Conduziu ainda, a residência artística "Infâncias Dissidentes", junto a artistas e estudantes de diferentes linguagens e experiências, com foco nas memórias de infâncias como dispositivos de criação.